Maria de Lourdes Benedicta Nogueira Fontão – conhecida como Lourdinha –

Breve biografia
Maria de Lourdes Benedicta Nogueira Fontão
– conhecida como Lourdinha –
(1930-1988)

Maria de Lourdes Benedicta Nogueira Fontão, conhecida como Lourdinha, nasceu no dia 1º de março de 1.930, em São José do Rio Pardo, filha de Waldemar Nogueira e de Leonor do Prado Nogueira. Era casada com o Dr. Heber Pereira Fontão, com quem teve 5 filhos. De sua mãe recebeu a devoção a Nossa Senhora, recebendo o batismo tendo como madrinha espiritual Nossa Senhora Aparecida.
Sua infância foi dentro de uma família de vida simples, sua mãe costureira e seu pai alfaiate. Recebeu a catequese pelas Irmãs do Educandário São José com quem tinha muita convivência, já que eram suas vizinhas e recebeu a Primeira Eucaristia com 10 anos de idade. Logo após a Primeira Comunhão passou a ajudar as irmãs na Catequese das crianças.
Formou-se professora com 17 anos e passou a lecionar na zona rural das cidades vizinhas, continuando nessa função mesmo depois de se casar. Como os locais eram de difícil acesso, utilizando animais como meio de transporte, aproveitava a demora da viagem para rezar o terço. Além de lecionar nas escolas, também dedicava parte de seu tempo para a evangelização.
Na Fazenda Fortalezinha, começou sua grande jornada de evangelização. Juntamente com os ensinamentos de português e matemática, ela catequizava as crianças, incentivando-as à oração. Além de ensinar-lhes a rezar o terço, gestava nas crianças a devoção a Nossa Senhora. Incentivava-as a rezar por todas as necessidades de cada um, pelas mães que esperavam filhos, pelos doentes das famílias, pelo alimento recebido. Lourdinha era uma pessoa muito didática, utilizando sua facilidade para contar histórias como incremento à evangelização.
Foi uma leiga exemplar. Trabalhava em diversas pastorais na Paróquia São Roque em São José do Rio Pardo. Foi coordenadora da CEB Nossa Senhora das Graças, na Pastoral Familiar, no Curso de Noivos, na Pastoral do Batismo, na Catequese, na Pastoral da Saúde, escrevia para o jornal Gazeta do Rio Pardo, tinha programa semanal na Rádio Difusora. Foi a primeira leiga a ser Ministra Extraordinária da Comunhão Eucarística da Diocese de São João da Boa Vista. Promoveu diversos Bazares de Pechincha nos Bairros São Roque e Loreto e criou o Clube de Mães do Loreto.
Em 1970 conheceu o Movimento dos Focolares, e a partir de então, além de todo o empenho que sempre teve na Paróquia, acrescentou um novo empenho: a Obra de Maria.
Lourdinha foi uma mulher que em toda sua existência dedicou-se apaixonadamente ao ardoroso amor a Deus, a Igreja e aos sofredores. Além de se ocupar das tarefas domésticas encontrava tempo para os trabalhos na Paróquia. “Lourdinha era impossível de ser contida ou moderada. Ela era um ímpeto ambulante que vinha de dentro, que vinha de cima, e a transformava num vendaval de Deus. Por onde ela passava arrebanhava tudo e levava consigo para Deus, como o vento faz com as folhas secas. Era irresistível.”, relata o jesuíta Pe. Heber Salvador de Lima.
Não são poucos os testemunhos de sua vida santa e seu empenho total na obra de evangelização, sempre com olhos atentos à família. Em sua vida gestou sadias amizades com muitos bispos, sacerdotes, religiosos e religiosas.
Escrevia muitas cartas, deixava inúmeras mensagens em suas agendas e diários. Era colaboradora da Gazeta do Rio Pardo, onde tinha uma coluna semanal, sempre com temas dedicados a evangelização; também colaborava com o Boletim Diocesano de São João da Boa Vista.
Foi a idealizadora e se empenhou pessoalmente na construção da Igreja de Nossa Senhora do Loreto; participou na campanha pró-construção da Igreja dos Três Reis e ajudou também na edificação da Igreja de Santa Teresinha.
Participou do Congresso de Paróquias Novas, em Roma, representando a Paróquia São Roque, em maio/junho de 1986, no Movimento dos Focolares. Nesta viagem conheceu Santa Madre Teresa de Calcutá, em Loreto.
Foi grande incentivadora das vocações religiosas, especialmente no Mosteiro Cisterciense de São José do Rio Pardo, que tanto amava. De fato, uma mulher que deixou um legado de fé.
Teve uma morte trágica dia 18 de julho de 1988, vítima de um grave acidente em Atibaia, ocorrido três dias antes, em sua viagem de retorno de Aparecida do Norte, onde participou de uma Mariápolis. Fez muito pelo Reino de Deus; espírito Mariano, exemplar filha de Nossa Senhora, distribuiu em sua vida, por onde lecionou e passou, incontável número de terços, ensinando sempre a rezá-los. Plantou mais de mil árvores, escreveu inúmeras cartas ao papa, cardeais, bispos, sacerdotes, amigos, consolando, animando. Tornou-se, por tudo isso, um modelo de mulher forte a ser seguido (registro do Boletim da Diocese de São João da Boa Vista em sua edição de Agosto de 1988).
O Cardeal Dom Agnelo Rossi, em carta enviada no dia 14 de novembro de 1991 a Dom Tomás Vaquero, já Bispo Emérito de São João da Boa Vista, assim se expressava quanto ao reconhecimento da vida de santidade de Lourdinha. “Caríssimo Dom Tomás, estou preparando um livro “Santos e Beatos da América”, e, em apêndice, gostaria de indicar alguns casos de pessoas que se destacaram em virtudes e tem uma certa fama de santidade. Pergunto-lhe se esse é o caso do Pe. Donizetti e da Sra. Lourdinha Fontão, que viveu algum tempo em São José do Rio Pardo. Agradecer-lhe-ia uma resposta.”
Seu corpo está sepultado no interior da Igreja de Nossa Senhora do Loreto, no Jardim Aeroporto e seu túmulo é constantemente visitado por inúmeros devotos. Quando de seu sepultamento, o Bispo Dom Tomás Vaquero disse que a capela não guardaria os despojos de Lourdinha, mas as relíquias de uma santa.

Muitas pessoas celebram missas em sua intenção por graças alcançadas e especialmente no aniversário de seu falecimento (18.07) quando são mencionadas intenções especiais por ela.

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