Zélia Pedreira Magalhães

Zélia Pedreira Magalhães


Biografia Sumária da Serva de Deus Irmã Maria do Santíssimo Sacramento
(1857-1919)

Zélia Pedreira Magalhães nasceu em Niterói (RJ) em 5 de abril de 1857, filha primogênita de João Pedreira do Couto Ferraz e Elisa Amália de Bulhões Pedreira. Foi batizada com nome de Elisa, mas pouco depois seus pais o mudaram definitivamente para Zélia.
A Serva de Deus recebeu uma primorosa educação literária, artística e científica, revelando um talento especial para o estudo dos idiomas. Ela falava e escrevia corretamente francês, inglês, espanhol e italiano, conhecia bem ainda alemão, latim e grego. Aos 14 anos traduziu do italiano para o português, a obra de Cesare Cantu “Il Giovinetto”, que publicou sob o título de “O Adolescente”, em livro de 250 páginas, que o ofereceu ao Imperador Dom Pedro II, e este, a honrou com uma sua carta de agradecimento.
Zélia casou-se com o Jerônimo de Castro Abreu Magalhães em 27 de julho de 1876, aos 19 anos. Após uma temporada em Petrópolis (RJ), o casal fixou sua residência na Fazenda Santa Fé, perto do Carmo do Cantagalo (RJ). Desse feliz casamento nasceram 13 filhos: 4 faleceram em tenra idade e 9 (3 homens e 6 mulheres) seguiram a vida religiosa em diferentes Ordens religiosas (Lazarista, Jesuíta e Franciscana; 4 Dorotéias e 2 do Bom Pastor).
Na fazenda havia uma Capela, aonde Zélia ia várias vezes ao dia para rezar. Os seus “escravos” iniciavam o trabalho do dia sempre com a oração guiada por ela. Zélia muito se preocupava com a vida espiritual deles, por isso, eles sempre participavam das Missas, confissões e catequese, promovidos por Zélia e seus esposo. Eles nunca tratavam os escravos como sendo propriedade sua, lá eles viviam em liberdade e recebiam inclusive salário. Quando foi assinada a Lei Áurea em 13 de maio de 1888, eles permaneceram na Fazenda Santa Fé pois lá sempre viveram e foram tratados como pessoas livres.
Depois da morte de seu esposo em 1909, ela foi cuidar de seu pai, cuja esposa falecera em 18 de outubro de 1901. Ela morou com ele até a sua morte em 1° de novembro de 1913. A partir de então Zélia concretizaria o seu antigo desejo de se tornar religiosa, ingressando então no convento das Servas do Santíssimo Sacramento, o “Venite Adoremus”, estabelecido em 1912, no Largo do Machado, Rio de Janeiro. Mas com uma de suas filhas gravemente doente e o seu filho mais novo, Fernando Magalhães, S.J., ainda não tendo os votos perpétuos, ela teve que esperar mais um pouco para concretizar o chamado de Cristo em sua vida.
Após vender todos os seus bens e doá-los aos mais necessitados e também à Igreja, conforme o ensinamento evangélico, Zélia finalmente pode seguir Jesus. Ela passou a se chamar Irmã Maria do Santíssimo Sacramento, tomando o hábito da vida religiosa em 22 de janeiro 1918.
Ela terminou sua edificante e sublime existência, a 8 de setembro de 1919, em fama de santidade. Foi sepultada no Cemitério São João Batista, no Rio de Janeiro e anos depois os seus restos mortais foram levados para a Paróquia de Copacabana onde estão até hoje.

Autor da Causa: Arquidiocese do Rio de Janeiro

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