Dulce Lopes Pontes

Beata Dulce LOPES PONTES-1

BEM-AVENTURADA DULCE DOS POBRES (BREVE BIOGRAFIA)

Maria Rita de Souza Brito Lopes Pontes nasceu no dia 26 de maio de 1914, no bairro do Barbalho, na cidade de Salvador, estado da Bahia, Brasil.
Filha do Dr. Augusto Lopes Pontes, catedrático em Odontologia, e de D. Dulce de Souza Brito Lopes Pontes, foi a segunda, de um total de cinco filhos. Criada no seio de uma família profundamente católica e piedosa, teve uma infância alegre, cercada de muito amor dos pais, avós e tios. Aos sete anos perdeu sua querida mãe e foi a partir daí, criada por três tias paternas, que muito influenciaram no seu desejo de fé e solidariedade. Desde criança já manifestava preocupação com os mais carentes, quando os assistia no porão da sua casa. Aos 13 anos manifestou pela primeira vez o desejo de tornar-se religiosa, contudo o seu pai ponderou e pediu que ela primeiro se formasse em professora, o que veio a acontecer em dezembro de 1932, aos 18 anos. Em fevereiro de 1933 seguiu de trem até a cidade de São Cristóvão, Sergipe, onde permaneceu durante 18 meses, como postulante e noviça da Congregação das Irmãs Missionárias da Imaculada Conceição da Mãe de Deus. Em 13 de agosto de 1933 ocorreu a cerimônia de vestição e recebeu o nome religioso de Irmã Dulce, em homenagem a sua mãe. Em 15 de agosto de 1934 fez os votos provisórios e foi designada para retornar a Salvador, para iniciar as primeiras missões como religiosa. Atuou no Hospital Espanhol e, posteriormente, como professora, no colégio Santa Bernadete. Próximo ao colégio ela viu nascer ser a favela/palafitas dos Alagados. Com autorização das suas superioras iniciou a peregrinação de socorro aos moradores daquela localidade. Nas palafitas instalou um posto de saúde improvisado, contando com o apoio de dois médicos voluntários. Em paralelo se dedicava também na melhoria das precárias condições de trabalho dos operários das fábricas instaladas na cidade baixa. Em benefício desses pobres filhos de Deus criou a União Operária São Francisco e logo após o Círculo Operário da Bahia, nesta época ainda não existiam as leis trabalhistas. Em 1939, para abrigar um jovem jornaleiro que morria de malária na rua, invadiu casas abandonadas na rua da Ilha dos Ratos, na Península Itapagipana. Expulsa, peregrinou pelos arcos da colina da Igreja do Bonfim e o Mercado do Peixe. Cansada de ser desajolada e humilhada com seus pobres pediu a sua superiora, para usar o galinheiro do Convento Santo Antônio, situado à Avenida dos Dendezeiros, bairro de Roma, local onde hoje se localizam as suas Obras. A partir deste momento sua ação foi se ampliando. Inaugurou cinemas para angariar recursos, criou a obra do quilo, dava assistência religiosa aos presidiários na antiga cadeia da Coréia, criou uma rede de aleitamento materno, com o apoio das mães dos Alagados, aleitando os recém-nascidos das parturientes tuberculosas aos cuidados do Anjo Azul dos Alagados, como já era chamada pela imprensa à época. Em 1950 inaugura, com o apoio da Previdência Social, um restaurante popular, visando atender aos operários, comerciantes e toda população carente da cidade baixa. Em 1959 funda, com apoio de amigos e religiosos, a Associação Obras Sociais Irmã Dulce, no intuito de sistematizar as ações de caridade que se tornavam gigantescas. Constrói o Albergue Santo Antonio para abrigar centenas de doentes que se espalhavam pelos espaços do Circulo Operário da Bahia e o entorno do Convento Santo Antonio. Movida por um profundo espírito de caridade amplia sua ação por toda cidade de Salvador, abrigando meninos abandonados, idosos, portadores de deficiência, tuberculosos, procurando ajudar toda população sem distinção. Em 1964, no local onde funcionou o antigo Núcleo Agrícola da Bahia ela instala o Centro de Recuperação de Menores Abandonados onde chegou a abrigar mais de 300 meninos em risco social, hoje conhecido como Centro Educacional Santo Antônio, um colégio em tempo integral, com projeto educacional de referência no estado. Em 1970, com o Albergue lotado de doentes, Irmã Dulce constrói com a ajuda do povo baiano mais um prédio hospitalar, agora denominado de Hospital Santo Antônio. O trabalho não parava de crescer. A sua política da “última porta” não permitia que se recusasse um só filho de Deus, que chegava em busca de socorro no seu hospital. Na ausência de leitos só ficava sem internamento que não aceitava um colchão no chão, ou até mesmo no necrotério. Em 1983 inaugurou o novo hospital Santo Antônio, podendo contar a partir de então com mais de 1000 leitos para a população carente. Foi construído integralmente com a ajuda de todo povo baiano que atendeu ao seu chamado participando da “Campanha do Tijolo”. Em 1988 o então presidente do Brasil, José Sarney lançou o nome da Irmã Dulce para o Prêmio Nobel da Paz, com o apoio da rainha Sílvia, da Suécia. Em 20 de outubro 1991, no seu leito de enferma, recebeu a visita do papa João Paulo II. Em 13 de março de 1992, ocorre o seu falecimento, depois de 16 meses acamada em seu quarto no Convento Santo Antônio, transformado numa semi-UTI. Foi sepultada na Igreja da Conceição da Praia no dia 15 de março. Em 1999 o povo brasileiro elegeu Irmã Dulce como a Religiosa do Século XX, através do projeto O Brasileiro do Século XX, realizado pela revista Istoé. No ano 2000 foi iniciado o Processo de Beatificação e Canonização de Irmã Dulce, devido à aclamação de todo povo brasileiro, em reconhecimento ao seu exemplo de amor e serviço ao próximo. Também no ano de 2000 o povo baiano elegeu Irmã Dulce como a personalidade mais importante do estado do século XX, uma campanha promovida pela Rede Bahia. Mais uma vez, em 2006, o povo brasileiro a elegeu como a Brasileira Inesquecível, um projeto do Jornal Estadão. Finalmente em 2010 o papa Bento XVI assinou o decreto da beatificação. Isto quer dizer que Irmã Dulce imitou de perto o amor e a pobreza de Cristo, dedicou toda sua vida ao próximo e foi o testemunho vivo da fé cristã. Esta proclamação também significa que a religiosa levou vida santa aqui na terra, está no céu e pode ser cultuada no território onde viveu como Bem-aventurada.

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